"A arte existe para que a realidade nao nos destrua" Frederich Nietzsche


"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Friedrich Nietzsche

Minha arte grita por libertação Animal



Amo essa frase. Ela diz tanto... Sublimar ainda me parece o grande papel da arte, e o artista carrega consigo nao apenas o prazer de ter os instrumentos para isso, mas a grande responsabilidade de manter-se consciente o bastante do quao seus gestos podem fazer a diferenca entre um mundo inóspito ou mais belo.







Quando eu era bem menina ainda, achava que desenhar, dancar ou escrever poesias, era tao necessário quanto respirar, e nao me conformava que nem todo mundo pudesse fazer isso, por razoes que eu ainda nao podia entender. Mas já naquele tempo, tomei a decisao que me acompanha até hoje em toda arte que faco: Sem grandes pretensoes, decidi que emprestaria minhas maos, meu corpo, voz ou mente com as habilidades artísticas, a todos os que desejassem, através de mim, expressar seu lado artista. Assim, quando danco, pinto ou escrevo, nao sou apenas eu, SOU QUEM QUEIRA ME SER... isso é o que me realiza.

Eu tinha uns nove anos, quando me perguntaram uma vez, por que eu gostava tanto de ser artista? Eu nao hesitei: "-Porque eu acho o mundo meio feio as vezes... e gostaria de torná-lo mais bonito......................."



Há muito tempo já nao tenho nove anos, nem dezenove... ... e muita coisa mudou em meus tracos, meus movimentos e minhas palavras, mas eu continuo achando que a arte é tao importante quanto respirar, e continuo desejando, ainda que pouco consiga, tornar com ela o mundo mais bonito.











Nana







segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Inspiracoes: As cores, o corpo...

Onde comeca a arte?

Onde comeca o artista?  E se Leonardo da Vinci, aos cinco anos de idade tivesse olhado para suas próprias maos, suas próprias pernas, e as achado muito engracadas e interessantes para transpor para seus cinzéis ou pincéis?????? 
E se Michelangelo fosse um menino solitário, que vivesse no seu mundo inventado, caminhando pelo quintal de sua casa com papel e carvao, tentando retratar o que era e o que sentia, a fim de sentir-se vivo????

E se Botero fosse gorduchinho e achasse mais prático e divertido olhar-se no espelho para ter referencias?  (Aqui deixo registrado o meu MUITO OBRIGADA a Cris
Ferrantini, modelo vivo, e outras tantas  de cujos nomes nao me recordo, mas que me brindaram com sua generosidade, e profissionalismo)  Depois do curso de artes plásticas, eu mesma me tornei modelo vivo, para ter a experiencia de estar do outro lado, e foi para mim um momento sublime! Obrigada aos pintores e desenhistas, aos artistas que se utilizaram de maneira tao superior da minha forma humana e comum...

Eu nao sou pintora...    nao sou decoradora também. Minha formacao é artes plasticas e artes dramáticas, mas eu nasci com a arte enraizada até o último fio de cabelo...   fui tragada para o mundo lírico, aos tres anos de idade eu usava a mim mesma como referencia para meus desenhos. Precocemente alfabetizada e profundamente apaixonada pelas palavras escritas, era sobre o que eu sentia que eu escrevia. Pouco mais tarde eu descobri a danca, e novamente o corpo tornou-se eixo de minhas criacoes. O veículo que ligava a arte subjetiva dentro de mim, a realidade...   Olhos, linhas de maos, pés, bracos, pescoco, cabelos... cada parte do corpo humano como extensao do lápis ou do pincel... Minha mae nunca podia sair comigo as pressas sem ter que lavar minhas pernas que estavam sempre rabiscadas e desenhadas de flores ou outra estampa qualquer!  Eu nao era apenas a minha própria referencia, era também o veículo, no soltário e egocentrico mundo infantil!    Mais tarde, o gosto pela medicina...  ...e o que foi se apontando é que entao, eu teria que optar, pois na sala  de anatomia, ou depois,  nas aulas de acupuntura, com outra investida, dessa vez em medicina chinesa, o que mais me inebriava eram as formas dos músculos fusiformes, ou dos sinuosos órgaos tao bem encaixadinhos no abdomem, e percebi de uma vez, que eu seria sempre, mais artista do que médica...
E entao, dancei por anos entre todas as artes possíveis em mim. O teatro uniu finalmente todos as minhas tendencias, quando pude levar para os palcos um universo de sonhos que traziam histórias para a realidade com a ajuda do corpo. A danca, expressao máxima, a voz nas músicas que compus, e as imagens criadas nos desenhos que muitas vezes fiz ao vivo, para o deleite meu e dos encantadores olhos nas platéias.
Enfim, descobri que seria possível, embora nada fácil, defender nos dias de hoje, o que foi tao natural para grandes mestres como Da Vinci ou Botticelli...    A FORMA HUMANA, O CORPO HUMANO, SOBRETUDO O FEMININO SAO UMA FONTE DE INIGUALÁVEL ENCANTO E INSPIRACAO PARA  ALGUNS ARTISTAS, e quer estejam dispostos em mármore, quer em contemporaneas fotografias com roupas e poses cotidianas e modernas, ele ainda prevalece como referencia, e vale assumir!  Nana Lacerda

Sim pra tudo o que se quiser...




Sutilezas...

Adoraveis dentes de leao...

Quarto de Joao Vitor



Quarto de Gabriel Loducca









Cafe Bistrot Ruella


Caffé & Bistro Ruella de Danielle Dahoui, Rua Vupabussu 199 Pinheiros








Cafe & Bistro Lady Fina de Laura Wie

O Lady fina Café & Bistro tinha que ser um lugar encantador como a dona Laura Wie...    merecia as mágicas maos de Neza Cesar e suas ousadas combinacoes de cores e elementos... 

Ganhou entao, obras de artistas como Isabelle Tushband, do fotógrafo Sergio Dedivitis, entre outros...




Uma moldura para Gustavo Rosa...


E um encanto marcante...

Flores no terraco...


Rendas na parede...


Vale a pena conferir...  Rua Loefgren 2481, Vila Mariana

lavabo/ referencia pessoal da artista...

""Somos feitos da mesma matéria que os sonhos" Will Shakespeare

E entao para as paredes foram SONHOS DE UMA NOITE DE VERAO, Romeu & Julieta...........................



As virgens de Vivaldi...



Livros de arte, meus Nietzsche...





A MENINA...  (about loneliness...)

Enfim, meus livros preferidos, e minhas aposentadas sapatilhas de ponta,  minha flauta, meu violino em desuso, minhas castanholas...  xícaras de porcelana com sabonetes, bules com flores e tudo o quanto eu quis que estivesse ali, naquele lugar que pode ser qualquer coisa...   um pedacinho do ciclone que me carrega junto com o que faco, com o que gosto e com o que sou...  e sou mesmo da mesma matéria que os sonhos, enfim...