"A arte existe para que a realidade nao nos destrua" Frederich Nietzsche


"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Friedrich Nietzsche

Minha arte grita por libertação Animal



Amo essa frase. Ela diz tanto... Sublimar ainda me parece o grande papel da arte, e o artista carrega consigo nao apenas o prazer de ter os instrumentos para isso, mas a grande responsabilidade de manter-se consciente o bastante do quao seus gestos podem fazer a diferenca entre um mundo inóspito ou mais belo.







Quando eu era bem menina ainda, achava que desenhar, dancar ou escrever poesias, era tao necessário quanto respirar, e nao me conformava que nem todo mundo pudesse fazer isso, por razoes que eu ainda nao podia entender. Mas já naquele tempo, tomei a decisao que me acompanha até hoje em toda arte que faco: Sem grandes pretensoes, decidi que emprestaria minhas maos, meu corpo, voz ou mente com as habilidades artísticas, a todos os que desejassem, através de mim, expressar seu lado artista. Assim, quando danco, pinto ou escrevo, nao sou apenas eu, SOU QUEM QUEIRA ME SER... isso é o que me realiza.

Eu tinha uns nove anos, quando me perguntaram uma vez, por que eu gostava tanto de ser artista? Eu nao hesitei: "-Porque eu acho o mundo meio feio as vezes... e gostaria de torná-lo mais bonito......................."



Há muito tempo já nao tenho nove anos, nem dezenove... ... e muita coisa mudou em meus tracos, meus movimentos e minhas palavras, mas eu continuo achando que a arte é tao importante quanto respirar, e continuo desejando, ainda que pouco consiga, tornar com ela o mundo mais bonito.











Nana







quinta-feira, 24 de maio de 2012

...UMA PAUSA DE MIL COMPASSOS..........................

Me deixe explicar minha reverencia ao silencio...
    ...esse mesmo que nos mata, na mesma proporcao que nos cura. Mas
devo uma reverencia a sua importancia, ele diz mais que todas as
palavras, e me parece mais próximo da verdade...
O silencio traduz tao bem nossos sentimentos mais complexos, e com a
naturalidade com que pulsa nossos coracoes, que acho difícil encontrar
meio mais eficiente de viver meus sonhos.
   O silencio é nu. É desprovido de enfeites ou disfarces, e
conserva-se sutil, ainda que contundente, fatídico e célebre. Só ele
tem o poder de tornar  tao possíveis, as verdades mais inconvenientes.
Aquelas que nao conseguimos dizer, ou nao aceitamos ouvir
   O silencio, com sua mudez triunfal, atropela sutilmente os
arranjos malfeitos de nossas palavras, deruba argumentos forjados pela
nossa covardia em aceitar o que somos, ou o que nao conseguimos ser. É
em silencio, que dizemos naturalmente, o que temos ou nao temos dentro
de nós. Ele revela sem pudores, nossa plenitude, ou o quanto somos
pequenos...
   Mas o silencio que eu reverencio nao é o silencio da falta, da
secura, da aridez. Nao é o silencio de  nossa ausencia de alma, nao é
o silencio da distancia. DEFINITIVAMENTE NAO É O SILENCIO DA DISTANCIA
QUE AFASTA!!!!    NAO É O SILENCIO DA INDIFERENCA !
O  silencio que eu reverencio, é o que acomoda delicadamente o destino
em mim, o que acolhe e aceita o movimento do universo, sem espalhar a
guerra de minhas angustias internas. É o silencio que me permite amar
tanto, e tanto, que nao consigo dizer...  é um silencio que enxerga
voce como um pedaco de mim que nao me ve, e eu entendo, por mais que
isso me enlouqueça.
 É o silencio que me torna capaz de sobreviver ao que vejo sozinha,
ao que sinto sozinha, ao que vivo sozinha, e ao quanto isso me dói...
É o silencio que aceita o tempo e seus desencontros, mesmo que isso me
custe um pedaco da vida. E custa...
   Mas se o silencio detém de fato, todo esse poder revelador de
nossa essencia, por quê, entao, nao comunicamos melhor através dele?
Talvez porque o silencio desvenda verdades que doem, e fugimos da dor
o tempo todo.  Porque silenciar deixa margens para os equívocos das
interpretacoes, de quem nao aceita, ou nem sabe o que quer. Porque
preferindo acreditar em mentiras, que sao como sopros nas feridas, nos
acostumamos a seguir distraídos do ardor de nossas febres moralistas.
Nao somos morais o suficiente para sustentar nossas teses, mas somos
devastados pelas culpas que nos permitem nos castigar o suficiente
para continuarmos cometendo os mesmos erros. Desse jeito podemos viver
uma vida de tolos enganos, que nunca nos leva a lugar nenhum, e nos
impede de tirar a venda que cobre nossos olhos das aflicoes
cotidianas, e seguimos assim, às cegas, mas com menos dor,
anestesiados, fingindo sem perceber...  Nao nos culpo por tentar viver
mais leve, com nossas vendas de protecao. Eu mesma fecho os olhos
instintivamente, na esperanca de que a realidade nao seja tao
impenetrável...     ... tudo é tao difícil äs vezes...
  Mas escolhendo ou nao, a vida nao parece estar muito preocupada com
o silencio ou o som, e clareia, a revelia de nosso querer, o que aos
poucos nos revela em verdade: Quem nao é capaz de ouvir o silencio,
nao fará nada de significativo com palavra alguma.
  *Amo Paulinho da Viola:  ...porque hoje eu vou fazer, ao meu jeito, eu vou fazer, um samba sobre o infinito..................................

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